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Autobronzeador DHA é um risco para a pele?

Foto do escritor: Lucas PortilhoLucas Portilho

Atualizado: 10 de jan.

Olá meus Amigos!

 

Hoje quero abordar sobre um tema polêmico, será que a DHA (dihidroxiacetona) causa tantos malefícios assim?

 

Pergunto isso porque recebi um vídeo de uma profissional questionando seu uso, além disso, quando fui pesquisar sobre o tema em estudos já publicados realmente assustei com algumas conclusões.

 

A DHA gera uma reação com os corneócitos da pele gerando uma coloração semelhante ao bronzeamento, mas sem necessidade de se expor ao sol.

Essa reação, denominada de reação de Maillard, que é um processo de escurecimento não-enzimático que ocorre entre açúcares e proteínas, no caso da DHA com as proteínas da pele.  Essa reação que pode ser considerada também uma glicação, pode gerar produtos de glicação avançada, além de formação de radicais livres.

 

🟡 Esclarecendo a confusão parte 1

 

Primeiro devemos lembrar que essa reação vai acontecer na camada superficial da epiderme, portanto não se espera que a glicação possa comprometer proteínas de derme (colágeno, elastina, etc) até poque estamos falando da possibilidade do DHD penetrar até a derme, o que não acontece. O ativo tem baixíssima permeabilidade na pele e os possíveis radicais livres formados podem no máximo fazer uma peroxidação lipídica em células de camada granulosa.



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🔴 Esclarecendo a confusão parte 2

 

Tem estudos que mostram o efeito citotóxico do DHA em queratinócitos. Sim, mas estudos in vitro, ou seja, eles colocam a substância direto em contato com células vivas, mas não é isso que acontece quando aplicamos na pele. O DHA dura uns 10 na pele e depois graças ao processo de descamação, vemos que as células que estavam abaixo da camada córnea começam a aparecer sem pigmentação alguma, ou seja, não há contato do ativo com as células de camada espinhosa ou basal.  As revisões usam esses estudos como parâmetros portanto as conclusões são sempre: novos estudos devem ser feitos para avaliar melhor a segurança.

 

🟣 Esclarecendo a confusão parte 3

 

Por fim, existem sim estudo relacionando o dano oxidativo com mutações genéticas em células, mas nenhum correlacionando o uso do DHA com estresse oxidativo e câncer. Não podemos fazer essa analogia. Se formos por esse caminho, o simples fato de respirarmos geraria câncer, pois geramos radicais livres o tempo todo, seria extrapolação.

 

Abraços

Lucas Portilho

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