Aromaterapia com Lavanda e Bergamota: benefícios reais para mulheres na menopausa?
- Lucas Portilho
- 1 de jul.
- 2 min de leitura
Olá, meus amigos! Boa noite! Espero que estejam todos bem!
Hoje quero compartilhar com vocês um estudo recente que une dois temas que estão super em alta quando falamos de bem-estar e saúde feminina: aromaterapia e mindfulness. E mais especificamente, como essas abordagens podem ajudar mulheres na fase da menopausa, um período que costuma vir acompanhado de sintomas desconfortáveis como ansiedade, insônia e alterações de humor.
O estudo foi publicado agora em maio de 2025 na revista científica Complementary Therapies in Medicine, e investigou o impacto da aromaterapia com óleos essenciais de Lavandula angustifolia (lavanda) e Citrus bergamia (bergamota) — ambos amplamente utilizados na cosmetologia — isoladamente e combinados com terapia baseada em mindfulness (MBT).
O que o estudo avaliou?
Foram selecionadas 132 mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 60 anos, com níveis leves a moderados de ansiedade. Elas foram divididas em 4 grupos:
Grupo Controle – tratamento padrão com placebo
Grupo Mindfulness – sessões semanais de mindfulness por 8 semanas + placebo
Grupo Aromaterapia – aplicação tópica e inalação de lavanda + bergamota 3 vezes ao dia
Grupo Combinado – mindfulness + aromaterapia
E os resultados?
Após 8 semanas de acompanhamento, os resultados foram interessantes:
Aromaterapia isolada reduziu os sintomas da menopausa (∆ = -5,7) e a ansiedade (∆ = -1,9), além de melhorar a qualidade do sono (∆ = -1,7 na PSQI).
Mindfulness sozinho também melhorou significativamente o sono (∆ = -2,6).
Combinar as duas abordagens não trouxe benefícios adicionais em comparação aos tratamentos isolados.
Nenhuma das intervenções reduziu os níveis de cortisol no sangue.
O que isso significa na prática?
Essa pesquisa mostra que tanto a aromaterapia com lavanda e bergamota, quanto a prática de mindfulness, podem sim ser aliados interessantes para melhorar o bem-estar emocional e o sono de mulheres na menopausa. E o melhor: são estratégias naturais, com baixíssimo risco de efeitos adversos.
No entanto, o uso combinado não necessariamente potencializa os efeitos — algo que reforça a importância de uma abordagem personalizada para cada paciente.
Os óleos essenciais não são apenas perfumes agradáveis — eles têm compostos bioativos com efeitos neurossensoriais reais. Lavanda e bergamota, por exemplo, já são bem conhecidas por suas propriedades ansiolíticas e relaxantes, e agora temos mais uma evidência clínica validando seu uso em um contexto extremamente relevante para a saúde da mulher.
Fica aqui a dica: sempre que for indicar ou utilizar ativos como esses, opte por óleos essenciais de procedência, padronizados e testados para uso seguro. Aromaterapia é ciência, e não achismo.
Um abraço e até o próximo post!
Lucas Portilho
Farmacêutico | Especialista em Cosmetologia
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