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Como a poluição causa manchas na pele

Atualizado: 9 de jan. de 2023


A Organização Mundial de Saúde considera a poluição atmosférica um dos principais fatores de risco para nossa saúde. Doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório são comuns, porém a pele, o maior órgão que temos em nosso corpo também é alvo dos materiais particulados. As partículas com 2,5 micrômetros, ou seja, uma dimensão extremamente pequena, possuem capacidade de penetrar na pele e se ligar a receptores específicos em nossas células.

Dano na barreira cutânea

Ao penetrar na pele, os materiais particulados já causam dano, levando um efeito de desorganização da barreira cutânea, levando a perda de água transepidermal e abrindo caminho para outros agressores como alérgenos e bactérias.

Efeito do material particulado 2,5μm no queratinócito

Nos queratinócitos existe um receptor para aril hidrocarboneto (AhR), que está relacionado com a identificação de agressores para a pele e quando é ativado inicia uma cascata de sinalizadores com o objetivo de proteção.

Os materiais particulados (PM2,5) possuem capacidade de se ligar nestes receptores. Entre as substâncias liberadas estão citocinas pró inflamatórias e outros fatores de crescimento como SCF, GM-CSF entre outros. A liberação desses fatores pelos queratinócitos tem como objetivo ativar outros receptores que estão na membrana do melanócito. Portanto o contato do material particulado 2,5μm com o queratinócito já possibilita o aumento da síntese de melanina.

Efeito do material particulado 2,5μm no melanócito

O material particulado 2,5μm também pode se ligar diretamente no recepetor AhR localizado na membrana do melanócito e neste caso ocorre também um efeito em cascata e estímulo da síntese de enzimas envolvidas na produção da melanina. Devemos lembrar que a melanogênese é um processo que aumenta quando temos uma lesão ou agressão cutânea e a simples ligação do material particulado já é entendida como uma agressão pela pele.

Portanto, seja se ligando aos queratinócitos ou melanócitos, a ligação de material particulado de 2,5μm pode causar manchas em nossa pele.

Figura 1. Efeitos da ligação do material particulado 2,5μm na pele e sua influência no processo de melanogênese.

Como evitar?

Podemos evitar a ligação do material particulado 2,5μm de três formas.

Podemos usar filme protetor e neste caso temos dois ativos que atuam dessa forma, o Filmexel e a Skin blitz. De acordo com estudos realizados pelos fabricantes ao utilizar os ativos é possível evitar que mais de 50% dos matérias particulados entrem em contato com a pele. Eles formam um filme invisível na pele, sem pegajosidade e que protege nossa pele.

Outra forma é utilizar ativos impedem a ligação dos materiais particulados com os receptores presentes nas células. O ativo Apolluskin é um deles.

A terceira ferramenta é atuar na redução dos mediadores inflamatórios. O EPS White é um dos ativos que diminui a COX-2, consequentemente reduzindo a resposta inflamatória e inibindo a melanogênese.

Qual eu prefiro? Prefiro associar os 3 em uma formulação ou mesmo fazer um protetor solar com as tecnologias associadas.

Sugestão de concentração de uso:

Skin Blitz 2%

Filmexel 0,5%

Apolluskin 2%

EPS White 2%

Espero ter ajudado os Profissionais que atuam com desenvolvimento de produtos e tratamentos de manchas. Abraços!

Lucas Portilho

1. Leiva GM, Santibanez DA, Ibarra ES, Matus CP, Seguel R. A five-year study of particulate matter (PM2.5) and cerebrovascular diseases. Environ Pollut. 2013;181:1-6.

2. Peng F, Tsuji G, Zhang JZ, Chen Z, Furue M. Potential role of PM2.5 in melanogenesis. Environ Int. 2019;132:105063.

3. Luecke S, Backlund M, Jux B, Esser C, Krutmann J, Rannug A. The aryl hydrocarbon receptor (AHR), a novel regulator of human melanogenesis. Pigment Cell Melanoma Res. 2010;23(6):828-33.

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