Lático 90% vs. Pirúvico 40% no tratamento do melasma: qual entrega melhores resultados?
- Lucas Portilho
- 29 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de ago.
Olá meus Amigos! O melasma continua sendo um desafio terapêutico, especialmente quando buscamos opções eficazes, seguras e com boa tolerabilidade. Um estudo recente, publicado no Indian Dermatology Online Journal (2025), comparou dois ativos muito utilizados em peelings químicos: o ácido lático a 90% e o ácido pirúvico a 40%, ambos aplicados em pacientes com melasma epidérmico.
O estudo
Foram avaliados 60 pacientes com melasma epidérmico, divididos em dois grupos:
Grupo A: peeling de ácido lático 90%
Grupo B: peeling de ácido pirúvico 40%
Os procedimentos foram realizados a cada 2 semanas, durante 12 semanas, com avaliação final aos 6 meses (24 semanas). Foram usados dois parâmetros de eficácia: o índice MASI (Melasma Area and Severity Index) e o questionário MELASQoL (qualidade de vida relacionada ao melasma).
Resultados principais
Redução do MASI:
Ácido lático: queda média de 55,4%
Ácido pirúvico: queda média de 52,1%
Melhora na qualidade de vida (MELASQoL):
Ácido lático: de 36,83 para 21,3
Ácido pirúvico: de 37,7 para 20,1
Ambos os grupos apresentaram melhora estatisticamente significativa, com leve vantagem para o ácido lático no resultado final — embora sem diferença estatística entre eles.


Tolerabilidade
Os dois peelings foram bem tolerados:
Queimação leve foi o efeito colateral mais comum.
Eritema persistente e hiperpigmentação pós-inflamatória foram raros, ocorrendo apenas em alguns casos do grupo tratado com ácido lático.
Conclusão prática
Tanto o ácido lático 90% quanto o pirúvico 40% são opções eficazes e seguras para o tratamento do melasma epidérmico. O ácido lático se destaca por sua ação mais hidratante e reconfortante, com resultados ligeiramente superiores no longo prazo. Já o ácido pirúvico promove uma resposta mais rápida nas primeiras semanas e pode ser preferido em casos com pele mais oleosa.
Considerações clínicas
É importante ressaltar que o sucesso do tratamento também depende do preparo pré-peeling, do uso adequado de fotoprotetores e da continuidade do acompanhamento dermatológico. Este estudo reforça que peelings químicos, mesmo os mais clássicos, continuam sendo ferramentas terapêuticas valiosas e atualizadas na prática dermatológica.
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