Bom dia meus amigos! O Ciência da Manhã vai interessar muito aqueles que acham que seus filhos estão exagerando no tempo que ficam dedicados aos games. No meu caso a preocupação foi comigo mesmo porque adoro jogar um Fortnite nas horas vagas.
Dois pesquisadores da Grécia do departamento de dermatologia e medicina de uma Universidade da Grécia resolveram publicar uma revisão sobre o impacto de jogar muito em relação a alterações cutâneas resultantes dessa prática. Como já sabemos, na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças o “Gaming disorder” ou desordem de jogar videogames foi incluído como uma disfunção. Eu sempre tive muito isso, quando era adolescente varava muitas madrugadas no meu Nintendo.
Mais do que um hobby, os games viraram uma rotina, e neste artigo, os pesquisadores mostram uma visão geral dos distúrbios cutâneos associados ao tempo excessivo na frente de computadores pessoais (PCs), laptops, telefones celulares, tablets e consoles de videogames.
Olha só a lista de disfunções encontradas na revisão:
1. Hidradenite palmar de PlayStation
2. Hiperpigmentação periorbital
3. PlayStation thumb (lesão no dedo devido ao controle do PlayStation)
4. PlayStation lip (pessoas que ficam mordendo os lábios enquanto jogam)
5. Dermatite alérgica de contato
6. Screen dermatites (dermatite causado pela emissão de luz ou calor das telas)
7. Eritema ab igne (dermatose dependente de calor que resulta em pigmentação reticulada com telangiectasia e atrofia)
8. Úlcera do tipo “nintendinitis” (nome dado por causa do console Nintendo
9. Dermatose de fricção
10. Púrpura do Playstation
11. Dermatite atópica
Como podemos ver, existem várias disfunções relacionadas com o excesso dos games. Embora jogar videogame seja uma das atividades de lazer mais populares do mundo, tem havido considerável debate sobre a influência dos jogos. O uso precoce e diário de videogames pode ser responsável por uma série de patologias orgânicas, incluindo dermatoses benignas e reversíveis. Para todas as manifestações cutâneas induzidas por fontes modernas, a interrupção do uso é um tratamento sensato e frequentemente mais eficaz.
A grande pergunta é: quando jogar se torna algo excessivo?
Outro ponto levantado é aumentar o nível de conscientização pode encorajar a indústria de videogames a alterar a estrutura dos dispositivos relacionados a videogames e torná-los seguros para o dedo e o polegar. Os consumidores também precisam ser bem informados sobre o potencial impacto negativo do excesso de videogames.
E os pesquisadores terminam a revisão com a seguinte frase: “Talvez seja hora de desconectar”. Fácil pra eles falar né? Logo que terminar de escrever esse artigo pro meu blog vou jogar uma partida de Fortnite, rsss...
Abraços e se cuidem!
Lucas Portilho
Kyriakou G, Glentis A. Skin in the game: Video-game-related cutaneous pathologies in adolescents. Int J Pediatr Adolesc Med. 2021 Jun;8(2):68-75. doi: 10.1016/j.ijpam.2019.09.002. Epub 2019 Sep 6. PMID: 34084875; PMCID: PMC8144863.
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