Sabemos que as formulações de protetor solar são complicadas, mas aquelas com altos FPS e altos valores de proteção UVA são as mais difíceis de estabilizar.
O motivo é simples:
1. Fotoprotetores com altos FPS possuem alta concentração de filtros solares lipofílicos (oleosos).
2. Alta concentração de modificadores de sensorial como sílicas e/ou silicones.
3. Necessidade de sensorial agradável
As necessidades acima nos obrigam a ter um sistema emulsionante potente, caso contrário, vai ocorrer algum tipo de instabilidade, como coalescência e consequente efeito creaming, onde vemos gotículas de óleo na superfície do produto.
Comecei a formular protetor solar no início dos anos 2000 e num projeto específico estava com bastante dificuldade de estabilizar um produto com FPS 60. Naquela época não era obrigatório ter alta proteção UVA, mas como se tratava de uma linha dermatológica, o produto ainda tinha PPD 20, o que deixou o projeto ainda mais desafiador.
Tentei usar um emulsionante não etoxilado, mas sem sucesso e depois de testar algumas opções, recebi uma amostra do Emulium® 22 e foi a solução para meu produto.
O fabricante recomendou 6%, porém eu sempre costumo usar geleificantes em minhas fórmulas de protetor solar, sendo assim, reduzi a porcentagem e consegui a estabilização do produto.
Um ponto positivo que percebi ao usar o Emulium® 22 foi a baixa viscosidade que ele proporciona. Não é interessante que um protetor solar fique muito viscoso, isso remete ao consumidor que o produto é muito pesado e acaba gerando rejeição.
Desde então o Emulium® 22 entrou para minha lista positiva de emulsionantes quando penso em altas fases oleosas.
Atenção, pois ele é etoxilado, Tribehenin PEG-20 Esters, portanto se for formular produtos PEG-Free, terá que testar o Emulium® Mellifera.
Quer saber mais sobre todos os emulsionantes da linha Emulium®?
Tenho um Webinar gratuito na Feira Virtual Ingredientes Cosméticos, uma aula muito interessante sobre como usar todos eles, recomendo.
Por: Lucas Portilho
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