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Duplo mecanismo no melasma: ácido tranêxamico oral e tópico

Olá meus amigos! Espero que estejam todos bem!


Hoje eu trago um estudo importante e que tenho destacado em vários artigos no tratamento do melasma.

Você provavelmente já conhece o ácido tranexâmico (TXA) oral como uma das terapias adjuvantes mais utilizadas para tratar melasma refratário. Mas e se eu te dissesse que, além da melhora clínica da hiperpigmentação, o TXA também reduz inflamação sistêmica?

Foi exatamente isso que mostrou um estudo recente publicado agora em maio de 2025 no Journal of Cosmetic Dermatology.


🟤 O que os pesquisadores investigaram

O estudo foi feito 80 pacientes com melasma e 80 controles saudáveis, avaliando o uso de ácido tranexâmico oral (500 mg/dia por 3 meses). O objetivo foi observar não só a melhora clínica usando uma escala famosa de avaliação da severidade e área do melasma, chamado MASI (Melasma Area and Severity Index), mas também o impacto sobre marcadores inflamatórios sistêmicos, como:

  • Monócitos

  • Neutrófilos

  • Linfócitos

  • HDL (colesterol de alta densidade)

  • MHR (Monocyte-to-HDL Ratio)

  • MLR (Monocyte-to-Lymphocyte Ratio)

  • NLR (Neutrophil-to-Lymphocyte Ratio)

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Curiosos sobre o resultados?

Houve uma redução de 65,1% no índice MASI, passando de 12,9 para 4,5 pontos (p < 0.001).

👉 Mas o que realmente chama a atenção foi a modulação inflamatória sistêmica:

  • Redução significativa de monócitos, neutrófilos, MHR, MLR e NLR

  • Aumento de linfócitos e HDL

Além disso, a análise de regressão apontou o NLR e o HDL como preditores importantes da resposta terapêutica. Isso significa que esses marcadores podem ajudar a monitorar a eficácia do tratamento — o que é muito relevante para nós, prescritores.


Por que isso importa?

Sempre falamos que o melasma é muito mais do que uma mancha. É uma condição multifatorial, com forte componente inflamatório, vascular e hormonal. Esse estudo reforça que o TXA age não apenas na inibição da plasmina, mas também modulando o ambiente inflamatório sistêmico do paciente.

Ou seja, o TXA atua de dentro para fora, beneficiando também a homeostase imune do organismo — um fator pouco discutido nas condutas tradicionais.


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Implicações práticas para nós, profissionais

Esse artigo contribui para um raciocínio clínico mais individualizado e biomarcador-orientado. Avaliar o NLR e o HDL do paciente pode nos dar pistas não apenas sobre a inflamação de base, mas também sobre a probabilidade de resposta terapêutica ao TXA oral.

É mais um passo rumo a uma dermatologia personalizada, baseada em dados objetivos.


Vale a pena a leitura!

abraços!


Referência:

Demirbas A, Demirbas GU, Diremsizoglu E, Esen M. Dual Benefits of Oral Tranexamic Acid: Reducing Melasma Severity and Inflammation. J Cosmet Dermatol. 2025 May;24(5):e70257. doi: 10.1111/jocd.70257.

 
 
 

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